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Não tente caber em nada

Pego um lápis na mão e desenho uma caixa, bem pequena. Dentro dela caberiam dois feijões, e são feijões mesmo porque nunca tive muito apreço por eles. Um feijão pode ser só um feijão, mas se mudar sua perspectiva você pode perceber muito mais. E a curiosidade mexe comigo, então esmiuçar algo desinteressante pode virar algo complexo, porque no fim minha falta de apreço gera empatia e empatia me leva a cuidar. E sabe o que faço quando quero cuidar de algo? Pego o universo todo e comprimo até ficar do tamanho do feijão dentro da caixa. Porque assim ninguém fica sozinho, mesmo que isso transforme um sol em um feijão. É engraçado como a vida passa e as caixas podem diminuir ou aumentar, mas o que importa é a perspectiva, você pode olhar e se interessar por tudo, mas como diria Ryane Leão: "Você sabe que foi um erro brilhar tantas vezes para iluminar escuridões que nem eram suas". 

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